Parecia ser um dia normal, quer dizer, nada diferente para um dia em uma nova escola, o frio na barriga era algo normal, afinal isso é comum acontecer quando uma jovem estranha e comum demais chega em uma nova cidade. Foi tudo como de costume, abri a janela do meu quarto e vi os lindos primeiros raios de sol do dia, folhas caiam sobre o chão derrubadas por um vento leve, não sei, mas aquilo me chamou atenção por alguns instantes, uma folha em específica, acompanhei-a até que chegasse lentamente ao chão, eu olhei para aquela folha seca e a palavra "vida" me veio a cabeça, foi algo estranho afinal, porque do nada isso veio parar na minha cabeça?! Não dei muita importância para aquilo, então fui tomar meu banho, logo desci para tomar café da manhã, minha mãe estava mais empolgada para o "meu" primeiro dia de aula do que eu mesma, ou talvez ela apenas queria me animar. Então parti para minha nova vida, enfim oficialmente. Meu pai me levou a escola, e então ao chegar me senti uma completa alienígena, não que isso não posso de costume, pois sempre me senti assim, mas aquele dia era diferente, todos me olhavam com caras diversas, eles me achando estranha e eu achando aquela gente muito esquisita, entrei de cabeça baixa, pois aquele não era meu território, eles estavam no domínio eu era apenas uma entrusa até então.
As aulas passaram tão lentamente, eu me sentia tão estranha, todos me olhavam espantados, ouvi alguns cochichos, não sei sobre o que falavam, mas me senti constrangida, porque sempre achava que era de mim e certamente não algo muito bom. No intervalo fiquei sentada em um banco, sozinha, nem quis comer nada, não tinha fome, só queria minha cama, meu quarto, minhas coisas, não estava me sentindo bem naquele lugar, não sei se era por ser novo, mas rezava para que com os dias tudo melhorasse e não permanecesse como o primeiro dia. Logo já estava na hora de ir para casa, nossa tão bom, tudo que eu queria era o meu território.
Minha mãe veio me recerber agitada como sempre e louca para saber sobre meu primeiro dia, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo, como se tivesse sido um dia incrível, mas não disse nada a ela, apenas que foi bom e que tinha colegas legais.
Eu não entendia o por que de eu estar assim, eu estava tão bem e do nada simplesmente eu me sentia fraca, sem forças. Fiquei quieta em meu quarto o resto do dia, apenas com o som das músicas e meus pensamentos, mas que pensamentos? eu não pensava em nada, eu não entendia, mas tava precentindo algo que eu não sabia exatamente o que era.
No jantar minha mãe sentiu que havia algo no ar, incrível como ela consegue captar as coisas tão rapidamente, mas por mais incrível que pareça ela não se manisfestou. Logo fui dormir, estava exausta, e também não entendi o motivo, mas tudo que eu queria era dormir.
Trágicamente o relógio despertou, bom não tinha o que fazer o jeito era acordar para mais um dia, eu tava no pique, eu estava bem e incrivelmente animada, no fundo aquele sim era meu primeiro dia, meu amanhanhecer tão perfeito. Meu pai me deixou na escola e eu de cabeça erguida entrei, me sentia bem. Brilhante foi a ideia da professora de literatura de dar trabalho em grupo, essa era a hora, meu momento de fazer amizades e deu tudo certo, fiquei em um grupo que me recebeu muito bem, conversamos tanto que a prof já estava até brava com nós, mas tinhamos tanto para conversar eu querendo saber mais sobre a vida deles e eles curiosos pela minha, no intervalo várias e várias gargalhadas com meus novos amigos.
E assim foram meus dias, eu louca como sempre, agitada. Eu agora tinha um grupo de amigos novos, acho que eles gostavam de mim, pois sempre vinham ao meu encontro cheios de coisas para me contar, eu sempre alegre e minha mãe então nem se fala, ela tava tão feliz, pois foi pelo trabalho dela que mudamos de cidade e ela tinha medo que por culpa dela fossemos infelizes em uma nova vida, mas agora ela sabia que isso não iria acontecer.
Segunda feira, como de costume abri a janela e mais uma vez uma folha que caía da árvore me chamou a ateção, mas não quis observa-la, pois da última vez que fizera isso meu dia não foi dos melhores.
Tudo ocorria bem e enfim aquela aula chata de química acabou. Intervalo, gritos e gargalhadas, nada muito anormal pra mim, um corredor, um perfume.. eu não sei explicar o efeito que me causou, então me virei como num impulso... palavras em minha boca não existiam, o que meus olhos viam não era normal, um garoto, aparentemente 18 anos, camisa preta, olhos claros, jeito manhoso, jestos doces, vos de veludo e aquele sorriso encantador que não pude deixar de notar, meus olhos viram em questão de milésimos coisas que fizeram meu coração pulsar de tal maneira que com palavras não sei explicar..
Meus dias ganharam cor, tudo que eu queria era ir, estar na escola, até minha mãe estranhou isso, pois sempre fui de inventar desculpas pra faltar aula, mas não tinha nada nem ninguém que me fizesse faltar um dia, podia o mundo cair, eu sempre estaria quase que seguindo os passos dele naquela escola, mas não tinhamos nenhum amigo em comum e isso me dava raiva, como, o que eu iria fazer para me aproximar?
Aos poucos aquilo foi me deixando um pouco mal, era muito amor para ser deixado apenas dentro de mim e coforme ele crescia já não cabia mais aqui dentro, eu precisava dele, ele comigo, pra poder abraçar, beijar, morder, rir, ele, só ele, pra mim, todinho pra mim. Eu pensava nele em todas as horas de todos os meus dias, ele tomou conta de mim de tal maneira que nem eu acreditava.
Nunca acreditei muito em amores perfeitos, contos de fadas, amor a primeira vista, mas enfim, ele veio parar na minha vida fazendo com que eu mudasse completamente de opinião, pois foi a primeira vista que meu coração pulsou daquela maniera e desde então era assim que ele pulsava. Ele era perfeiro, perfeito para meu próprio conto de fadas. Eu não tinha mais certeza de nada, nem de mim nem de ninguém, a unica coisa que eu sabia era que ele existia, e que eu estava loucamente e irrevogavelmente apaixonada por ele, Leandro..
Vê-lo passar sem falar nada era um cruel sofrimento, eu não podia abraça-lo, beija-lo, pois ele não era meu e eu não entendia por que até então eu não tinha ido falar com ele, ou achar algum meio de me aproximar.
Aquilo estava doendo de mais, a dor começou a transbordar, transforma-se em lágrimas e foi ai que eu dei uma basta, ele tinha que me notar, pois EU era o seu ideal, por que não olhava pra mim? eu era tão invisível assim?
"e mesmo que não saiba nada de mim, um dia eu o alcançarei (..)"
Acordei decidida, daquele dia não passava, eu precisava ter ele pra mim e parada esperando não era que eu ia conseguir o que queria, e mais uma vez a folha, aah aquela folha.. 3 meses desde a primeira vez que a vi, e até então aquilo não me passava bons sinais, pois todos os dias em que me chamava atenção ao cair, bom, esses dias eram completos desastres. Aquilo me deixou entrigada, porque justo no dia em que eu estava decidida a falar com ele aquela folha tinha que aparecer? mas nada, nada nem ninguém iria me fazer mudar de ideia.
Naquele dia eu determinada fui enfrentar mais um dia de aula, porque o fato de sempre querer ir a escola sem nunca faltar, com certeza não era por 'aulas'.
Quando o vi, sem pensar, sem nem ao menos saber o que iria falar, eu me aproximei, no impulso me joguei, encostei em seu braço, me congelei, meus nervos me matavam, era como se meu coração parasse de bater, o mundo parou, eu não via e não ouvia nada em meu redor, ao mesmo tempo que era um momento perfeito era horripilante, minhas palavras não saiam, devia estar engasgada com meu próprio coração que veio parar em minha boca, isso tudo aconteceu em segundos, tão rápidos e ao mesmo tempo tão lentos, sai e no mesmo instante, tinha vontade de grudar minha cabeça na parede, porque eu tinha chegado tão perto e não dito nada? talvez as palavras eram tantas que não soube qual fala-la, eu me odiava por aquilo.
Mas eu não tinha desistido, após duas semanas, eu estava caminhando no parque, era algo que eu não costumava fazer, mas minha mãe tinha me obrigado a sair daquele quarto onde nos ultimos tempos era o unico lugar que eu frequêntava, além da escola é claro, ela não é boba notou que eu não andava nada bem, então sempre me forçava a sair de casa e aquele era mais um dos dias que minha mãe me forçava sair do meu refugio, meu porto seguro, meu quarto.. foi ai que eu vi aquela imagem perfeita, meus olhos brilhavam, era como se as cores apagadas daquele lugar tivessem ganhado vida, aquela era a hora, sem mais, mas dessa vez eu tinha em minha mente o que ia falar, ia chegar calmamente e ia dar oi, perguntar se estava tudo bem e então fluir uma conversa naturalmente, respirei fundo e fui me aproximando, conforme a distância foi se tornando menor pude perceber que com ele havia uma garota, pareciam felizes, sorriam, se abraçavam, aquele talvez não fosse o momento certo, pensei então, será sua irmã ou prima? amiga quem sabe? mas em instantes.... irmãos, primos e amigos não sei beijam... meu mundo caiu, ele tinha namorada, mas como eu não soube disso antes?
Fui emprantos para casa, minha mãe batia desesperadamente na porta do meu quarto, pensei até que fosse derruba-la, perguntava o que havia acontecido, por mais que eu quisesse eu não tinha forças para responder, eu apenas soluçava, eram tantas lágrimas que poderia se formar uma cachoeira ali mesmo, eu não pensava em nada, apenas em cavar um buraco e me esconder nele até que meu mundo voltasse ao que era antes, mas desse buraco apenas umas pessoas poderia me tirar, ele.. Leandro.
Por que não eu? lágrimas invadiam meu rosto, eu não tinha em que pensar, eu apenas chorava e o vento na rua fazia com que muitas das folhas secas caíssem ao chão, não sabia ao certo por que mas eu odiava aquelas folhas, folhas secas que me traziam a palavra "vida" a cabeça, mas que vida? aquilo que eu estava vivendo não era vida, aos poucos foi tudo se corroendo, foi tão lentamente e tudo acabou, vida pra mim era aquilo que eu queria viver ao lado de Leandro, coisa que agora eu tinha visto que não seria possível, a vida dele já estava ocupada de mais, ocupada por pessoas muito mais interessantes que eu.
Peguei no sono.. me vi em uma tempestade, eu estava sem rumo, eu corria, andava, era como em um labirinto eu não achava uma saída, ruas que levavam a lugar algum, chuva gelada, frio, vento forte, folhas secas voando por todo lugar, as malditas folhas secas...
Como num vulto uma mulher apareceu em frente a minha casa, ela tinha um bebê no colo, mas aquela por mais igual que fosse não era minha casa, pois não tinha a enorme árvore das folhas secas em frente a janela do meu quarto, continuei a olhar para a estranha mulher, ela estava cavando acho que seria um buraco, algum tempo depois e ela colocou o bebê dentro de algo que parecia ser uma caixa e inacreditávelmente o colocou dentro do buraco que avia feito, eu tentava correr para socorrer aquela inocente criança, mas não conseguia sair do lugar, onde aquela louca estava com a cabeça? ela estava enterrando uma criança. Para meu maior desespero eu podia ouvir o choro do bebê e eu não podia nada fazer para evitar aquilo. Logo ela sumiu, foi então que me aproximei, pude ver que ela no mesmo lugar em que tinha enterrado o bebê colocou uma planta, eu tentava cavar para tirar o bebê dali, mas minhas mãos não encostavam no chão, eu me contia em lágrimas e uma folha caiu, mas está era verde, e suja de sangue, aos poucos diante de meus olhos ela foi ficando seca, eu fitava aquela folha e gritos e choro de bebê envadiam minha cabeça, eu chorava gritava para que aquilo parasse.
Acordei aos gritos e em prantos piores aos de quando fui dormir, meu pai arrombou a porta, todos se assustaram e não entendiam o por que do meu tão desesperado choro, mas eu não falava nada além de "o bebê, o bebê" obsessivamente. Minha mãe fez um chá para que me acalmasse e aos poucos eu fui voltando ao meu estado normal, então disse que estava tudo bem que todos poderiam voltar a dormir, tinha sido nada mais que um pesadelo.
Eles dormiram, mas eu não, não tinha como conseguir dormir depois daquilo. O dia amanhaceu, abri a janela para ver os primeiros raios de sol, dessa vez não pude ver nenhuma folha seca, nem caindo e nem pelo chão.
Meu pai me deixou na escola e foi para o trabalho como ele sempre fazia. Eu precisava desabafar sobre o fato de Leandro, tinha que contar tudo que sentira nos ultimos meses e sobre o que vi no parque, nem eu acreditava que pude por tanto tempo guardar aquele sentimento, aquele sofrimento só pra mim.
Não vi "ele" em lugar algum, mas quem sabe ele não tinha se atrasado. Fui falar com Julia a então minha melhor amiga, perguntei se podiamos faltar a aula naquele dia, pois eu precisava muito conversar com ela, ela como sempre muito querida entendeu que eu precisava mesmo daquilo. Fomos para um campinho que tinha ali perto, comecei a contar como tudo começou, mas sem nunca citar o nome dele, ela daquele jeito louco me perguntava o por que de ter sofrido calada, por que não contei antes, quem sabe poderia ter ajudado. Eu não tinha respostas para aquelas perguntas, porque afinal nem eu sabia, foi então que ela perguntou o nome, e quando eu disse.. bom, não havia nenhum Leandro na escola, mas como? eu tinha certeza que era este o nome dele. Fomos para casa e eu prometi a ela que no dia seguinte mostraria ele para ela.
Mais um dia amanhaceu, sem folhas novamente. Durante a manhã inteira a Julia me perturbou para que mostrasse o tal cara misterioso, mas ele não apareceu e foi assim durante a semana toda.
Naquela semana, algo dentro de mim mudou, aquela tão horrível dor tinha amenizado, agora era uma dor leve, mas acompanhada de uma tremenda angústia, e mais uma vez eu não sabia eu não entendia..
O pesadelo voltou, agora eu só via uma tempestade, folhas e mais folhas secas voando e o choro desesperado de um bebê. Por duas noites seguidas esse mesmo pesadelo, dessa vez tive que contar isso a Julia, tava me perturbando de mais ela precisava me ajudar.
Júlia entrou em estado de choque quando contei tudo e depois me levou até aos avós dela, me fez contar tudo o que havia dito a ela e eles contaram-me algo que me deixou em extase.. Contou eles a história que aconteceu a muitos anos atras de um jovem casal que morou na casa que atualmente era minha, eles estavam casados a não muito tempo e a esposa de Pedro esperava um bebê, eles esperavam ansiosamente a chegada do pequeno menino que se chamaria Leandro, contavam os dias para ter nos braços esse pequeno, mas havia uma mulher, ela era loucamente obsecada por Pedro e ela vivia a dizer que se ele não fosse dela, não seria de mais ninguém, ela era tratada como louca por todos, ninguém ouvia o que ela dizia.
Em um dia lindo veio ao mundo o pequeno Leandro, menino lindo, cheio de saude, ao nascer já tinha sua amanda escolhida, a pequena Estela que veio a nascer dois dias após. Era uma época muito antiga onde as crianças já nasciam destinadas a casar-se com determinada pessoa, e Estela era o destino de Leandro.
No dia em que o pequeno completava um mês, a mulher que era obsecada por Pedro invadiu a casa e matou Pedro e a esposa a facadas e fugiu com o menino. Dias depois ela foi encontrada morta, havia se enforcado em uma árvore em frente a própria casa. O paradeiro ou ao menos o corpo de Leandro nunca teria sido encontrado. A menina Estela faleceu com apenas 8 meses de vida, dizem ter sido por uma pneumonia.
Veio a ser questionado também o aparecimento de uma pequena planta em frente a casa, mas concluíu-se que o próprio casal havia a plantado.
Fiquei em silêncio durante por algum tempo, eles sabiam que se meu sonho estava certo a criança estaria enterrada bem enfrente a janela do meu quarto..
Fui para casa, não tinha nadaa ser dito naquele momento. Eu pensava, sozinha, em silêncio no meu quarto.. Então queria dizer que o cara a quem eu era apaixonada não existia, era coisa da minha cabeça, ninguém nunca viu, só se ouviu falar das histórias.. mas como se eu encostei nele? eu seguia seus passos dentro da escola, não era possível ser apenas fantasma, então queria dizer que eu chorei, eu sofri por quem?
Lágrimas corriam sobre meu rosto, como aquilo poderia estar acontecendo? eu estava ficando louca ou o que? eu vi ele até com outra garota.. óóh era ela, era Estela..
Agora eu chorava, não por dor , porque agora não doia como antes, alias parou de doer desde que as folhas pararam de cair, agora eu chorava, por motivos que não sei explicar, eram lágrimas involuntárias. Meu grande e perfeito amor não existia, aquele sentimento mágico pudera então nunca ter sido real? tudo que eu tinha era duvidas e mais duvidas.
No dia seguindte liguei para Julia, queria ela na minha casa dentro de 20 minutos e então ela sem entender nada chegou e me chamou de louca quando me encontrou em frente a casa cheia de diversos equipamentos para escavar, apesar de me chamar de louca me ajudou, cavamos por volta da árvore por muitas horas, meus pais não estavam entendendo nada, certamente pensavam que pirei de vez. E enfim depois de tanto cavar econtramos um baú, era velho, todo sujo de terra, não precisou forçar muito para o cadeado se romper e junto com um pequeno susto de ver uma boneca sem os olhos e completamente tapada de formigas uma carta, nela havia escrito o seguinte:
"Obrigado, você não sabe o bem que está fazendo, obrigado por me libertar. Saiba que por muitos anos esperei por você, sempre soube que só você poderia me libertar.
Te peço milhões de desculpas se te fiz sofrer, te fiz chorar, se te fiz algum mal, mas por muitos anos estive preso a essa árvore e a única forma de te chamar atenção foi fazendo tudo que fiz. Eu sofri muito aqui, fui tirado dos braços da minha mãe enquanto ela me amamentava, minha vida acabou antes mesmo de começar, eu era tão pequeno não tinha como me defender, me tiraram a vida antes mesmo de te-la. Quando tiver seu filho cuide bem dele, nunca o trate mal, seres indefesos não merecem coisas ruins.
Desculpa, desculpa mesmo pelos seus dias que estraguei, pelas duvidas e incertezas, pelas lágrimas, desculpa, mas você precisava entender que as folhas secas significavam "vida seca, vida fazia, vida podre" enquanto você não notasse isso, não poderia parar.
Te encantei, porque assim você teria uma ligação a mim, precisava te encaminhar até esse momento, mas desculpa, o unico jeito foi sendo do jeito que foi.
A garota que você viu no parque seria Estela que espera a cada segundo por mim, ela esperava também por você, por este momento.
Agora leve esse baú e jogue-o ao mar, estarei nesse momento partindo ao encontro de meus pais e minha prometida, Estela e eles esperam anciosamente por mim. Está na sua hora, vá até o mar e me liberte.
Você é uma menina tão brilhante, tem tudo pra dar certo, será muito feliz. Te dou minha benção, serás protegida por todas as forças boas deste mundo. Cumpriu sua missão.
Mais uma vez obrigado e desculpa!! "
Fiz o que a carta pedia, e nunca mais toquei no assunto.
Um ano depois no corredor da escola, um garoto, absolutamente do nada me paga pela mão e me puxa, eu simplesmente gelei, então virei para ver quem era, olhei em seus olhos e não precisava de mais nada, foi como um raio que envadiu meu coração, foi assim a primeira vista que eu encontrei meu verdadeiro amor. Por mais que o nome dele fosse Leonardo, os mesmos olhos me garantiam que Leando havia voltado e agora era meu e me fazia muito feliz!!
aah e quanto a árvore, bom.. era atração na cidade, pois enquanto em todas as árvores caiam as folhas secas e se renovavam folhas novas.. aquela não, naquela árvore nunca mais se viu uma folha seca, estranhamente ela se mantia estação após estação com as mesmas folhas verdes.
Obrigado pela paciência daqueles que leram até o final, sei que poucos tiveram.
Este até então foi o post que mais demorei para escrever, espero que tenham gostado.
e se não for pedir muito gostaria que deixassem algum comentário, pois quero saber a opinião de vocês.
>>É isso beijinhos da Mih