domingo, 13 de maio de 2012
Mãe
...pra que amor mais puro?
Um amor incondicional, insubstituível, sem limites, impagável, não tem preço que pague um amor de mãe não recebido.
Sinto tanto por aqueles que no dia de hoje não poderam abraçar suas mães, e mais ainda por quem nunca pode dar um abraço apertado na sua, sentir seu cheiro incomparável de 'mãe'!
aah mãe, como eu amo a minha, e assim penso que amas a sua, o que seríamos sem aquela que nos deu a vida, e nos ensinou a viver nela?
Hoje é dia das mães, mas não é somente hoje que devemos abraçá-la e tratá-la bem, pois todos os dias é dia daquela que nos deu a vida, mas foi dado um dia especial à elas, para que nem uma outra coisa neste dia seja mais importante que elas, coisa que no dia a dia acabamos trocando de ficar ao lado de nossas mães, de darmos um abraço, para estar em qualquer outro lugar, fazendo uma coisa qualquer, isso não deveria acontecer, mas acontece e então neste dia é imperdoável aquele que não passa o dia com sua mãe por besteiras, ela não deveria ser colocada em segundo plano NUNCA quanto mais no seu próprio dia.
Muitas pessoas não dão valor pra suas mães, merecem um gato morto na cabeça pessoas assim. Mãe é única e só passa uma vez na vida, devemos cuidar dela, pois não é pra sempre que ela estará do nosso lado.
Quem não da valor agora um dia ainda dirá: ''como eu queria que o tempo voltasse, simplesmente para passar um tempo junto de minha mãe, dar um abraço apertado, um beijo, aqueles tantos de que um dia eu estava ocupado de mais para dar''
Sexta feira: -Minha mãe é muito careta, a velha não me empresta o carro, nem me da dinheiro para sair com meus amigos, ela diz que bebo e nem tenho idade pra isso, mal me deixa sair, que velha bem chata, aff eu vou fazer 18 no final do ano.
domingo: Cheguei em casa e fui logo dar um abraço na minha mãe, estava no enterro do meu melhor amigo, o amigo que eu tanto invejava. No mês passado ele completou 18 anos e ganhou um carro dos pais (os pais liberais que eu tanto queria ter), eles e mais 3 amigos meus saiam de uma festa e estavam muito bêbados, Rodrigo que dirigia o carro entrou na contra mão e bateu de frente com um caminhão. Ele morreu na hora, Matheus chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu. Leonardo e Nicolas estão em estado grave, logo vou visitá-los.
Agradeço tanto por minha mãe não ter emprestado o carro e nem me dado dinheiro, pois com o dinheiro teria ido à festa e estária junto neste carro, e hoje talvez não estivesse aqui para dizer que eu amo muito essa velha chata e careta que não me deixa pegar o carro e sair para beber com os amigos, eu devo tanto à ela.
EU TE AMO MINHA MÃE E ENTENDO QUE TUDO QUE É FEITO É PENSANDO NO MEU BEM, OBRIGADO!
Galera, pense bem, pois essa velha chata aí que vocês tanto reclamam, que dá hora pra chegar em casa, cobra as notas das provas, não deixa ficar até tarde na internet, não deixa sair sem conhecer os amigos é a mesma que vai dormir preocupada enquanto estão fora de casa, a mesma que reza todas as noites por vocês e para que um dia vocês entendam todas essas atitudes de 'velha chata'!!
Feliz dia das mães para todas as leitoras mamães e o pessoal que ainda não deu aquele abraço, bora lá, tá esperando o que?
Mãe, eu te amo!!
domingo, 15 de abril de 2012
Amor real ou virtual?
Todo mundo tem ou já teve o seu, mas e como lidar com isso? é complicado você sentir aquele apego enorme, mas ao mesmo tempo ter que ver, aceitar de que as chances de um dia estarem juntos é de 001%
Muitas vezes é algo passageiro em 2 ou 3 meses já não se sente mais aquilo tudo, já não tem mais assunto, a conversa não passa do "novas? nada e vc? tbm não" e então se perdem entre tantos outros contatos. Mas e quando não é assim? e quando contar as horas para entrar no msn para falar com aquela pessoa se torna comum, quando as coisas se tornam sem cores, quando o pensamento voa durante a aula ou qualquer que seja o momento, quando msn só não é mais suficiente, quando se passa a odiar mais que tudo essa coisa chamada ''distância"? E aí surge aquela pergunta clichê "real ou virtual?"
Há quem diga que amar só é possível se existir toque, contato, abraço, calor da pele, etc e tem quem diga que não é preciso tudo isso para que o amor seja verdadeiro. Bom, cada qual com suas opiniões.
Real ou virtual, ilusão ou não, mas o sentimento existe, mesmo que seja passageiro, mesmo que seja distante, faz o coração bater diferente, cabe a cada um entender a si de sua maneira.
Hoje vou ficar com as intrrogações, porque realmente não sei as respostas, é complicado de mais pra mim, até porque já fui e talvez seja vítima desse mal que envolve milhares de jovens pelo mundo a fora.
>>Dedico especialmente ao meu amor Online e Offline!
Muitas vezes é algo passageiro em 2 ou 3 meses já não se sente mais aquilo tudo, já não tem mais assunto, a conversa não passa do "novas? nada e vc? tbm não" e então se perdem entre tantos outros contatos. Mas e quando não é assim? e quando contar as horas para entrar no msn para falar com aquela pessoa se torna comum, quando as coisas se tornam sem cores, quando o pensamento voa durante a aula ou qualquer que seja o momento, quando msn só não é mais suficiente, quando se passa a odiar mais que tudo essa coisa chamada ''distância"? E aí surge aquela pergunta clichê "real ou virtual?"
Há quem diga que amar só é possível se existir toque, contato, abraço, calor da pele, etc e tem quem diga que não é preciso tudo isso para que o amor seja verdadeiro. Bom, cada qual com suas opiniões.
Real ou virtual, ilusão ou não, mas o sentimento existe, mesmo que seja passageiro, mesmo que seja distante, faz o coração bater diferente, cabe a cada um entender a si de sua maneira.
Hoje vou ficar com as intrrogações, porque realmente não sei as respostas, é complicado de mais pra mim, até porque já fui e talvez seja vítima desse mal que envolve milhares de jovens pelo mundo a fora.
>>Dedico especialmente ao meu amor Online e Offline!
sábado, 7 de abril de 2012
Era 7 de Outubro
Era dia 7 de outubro, Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno. O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
(...) Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.... (...) Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
(...) Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas. Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
(...) Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele. (...) Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.
Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
(...) Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras. Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.
(...) Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo! PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno. O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
(...) Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.... (...) Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
(...) Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas. Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
(...) Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele. (...) Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.
Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
(...) Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras. Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.
(...) Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo! PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.
Danilo carvalho
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Meu quarto, meu tudo
Meu quarto, meu refúgio. É lá que eu fujo de tudo e todos e é lá que eu entro em contato com o mundo..
Passo a maior parte do tempo no meu quarto, lá sim é minha verdadeira casa. Se o mundo caí é pra ele que eu corro, ali me encontro perdida, sozinha, no escuro, as lágrimas caem, e é quando mais preciso de um abraço que muitas vezes só é dado por aquele companheiro das noites, meu travesseiro. É nele que em um abraço apertado transmito toda a força possível como se isso fosse capaz de acabar com a dor.
Meu porto seguro.. é pra lá que eu corro quando tenho uma mega novidade, quando a felicidade transborda, quando eu preciso de conselhos, quando preciso entrar em contato com o mundo..
Mas como tudo isso? Esqueceu que vivemos em um mundo mega plugado, cotectados no mundo? É aqui no meu quarto que quando preciso daquela voz amiga, eu pego o celular e ligo para a best e ficamos horas e horas colocando a fofoca em dia, é aqui que eu compartilho uma novidade quentinha para centenas de pessoas ao mesmo tempo, conversas diversas, trocar ideias e opiniões.
Twitter, msn, facebook, orkut e por aí vai, o mundo dentro do quarto de um adolescente é muito complexo, é muitas vezes preso dentro dele que ficamos ligados em tudo que acontece lá fora.
Século XXI e hoje um adolêscente não se tranca no quarto apenas para fugir do mundo, mas também para conectar-se a ele.
sábado, 24 de março de 2012
A foto
Um dia na escola uma garota, chamada Bruna estava sentado em sua classe durante a aula de matemática. Faltavam seis minutos para a aula terminar. Enquanto ela fazia os exercícios, uma coisa chamou sua atenção.
A carteira dela era ao lado da janela, ela se virou e olhou para o pátio do lado de fora. Tinha algo que parecia uma foto jogado no chão.
Quando a aula acabou, ela correu até o lugar que tinha visto a foto. Ela correu o mais rápido que podia para que ninguém pegasse a foto antes dela.
Ela pegou a foto e sorriu. Na foto havia a imagem do garoto mais lindo que ela tinha visto. seu cabelo era ondulado com luzes e sua mão direita tinha um sinal de "V", formado com os dedos indicador e médio.
Ele era tão lindo que ela a quis conhecer, então ela percorreu toda a escola perguntado para todos que passavam se alguém já tinha visto aquele garoto. Mas todos respondiam "Não". Ela estava arrasado.
Quando chegou em casa, ela perguntou para sua irmã mais velha se ela o conhecia, mas infelizmente ela também disse "Não." Já era tarde, Bruna subiu as escadas, colocou a foto na cabeceira de sua cama e dormiu.
No meio da noite Bruna foi acordado por um barulho na janela. Era como uma unha batendo. Ela ficou com medo. Após as batidas ela ouviu uma risadinha. Ela viu uma sombra próxima a sua janela, então ela saiu da cama, ela andou até a janela, abriu e procurou pelo lugar que vinha a risada, não havia nada e a risada parou. (...).
No dia seguinte ela foi perguntar para seus vizinhos se eles conheciam o garoto. Todos falaram "Desculpe, não.". Ela perguntou até mesmo para sua mãe assim que ela chegou em casa. Ela disse "Não.". Ela foi para o quarto, colocou a foto na cabeceira e dormiu.
Novamente ela foi acordada pelas batidas na janela. Ela pegou a foto e seguiu as
risadinhas. Ela saiu de seu quarto, desceu as escadas, saiu de casa pela porta da frente e avistou o menino da foto do outro lado da rua do mesmo jeito que ele estava na foto, ela ficou hipnotizada, foi atravessar a rua quando de repente foi atingida por um carro. Ela estava morta com a foto em suas mãos. O menino desapareceu como em um passe de mágica. O motorista do carro saiu e tentou ajudar, mas era tarde demais. Derrepente o motorista vê a fotografia e a pega.
Ele vê um belo garoto jovem com três dedos levantados.........
(Comunidade orkut)
Ele: Volta pra mim ?
Ela: Rapaz apaga tudo que faça você lembra de mim por favor
Ele: Volta pra mim?²
Ela: Por favor me esqueça...
Ele: Volta pra mim? ³
Ela: Olha to apagando tudo que me lembra você, tudo que um dia me lembre você. me esqueça por favor
Ele: Volta pra mim? 4
Ela: cara eu já te disse o que? Me esquece segue sua vida com a sua nova namoradinha
Ele: Volta pra mim?5
Ela: Tem como você apagar nossas fotos? tudo que te faça lembra de mim?
Ele: Volta pra mim?6
Ela: Não vai apagar não? pode deixar que eu mesma vou fazer isso, e esqueça mim
Ele: Volta pra mim?7
Ela: Tô sumindo de sua vida, Tchau viva sua vida que eu vou seguir a minha...
Ele: Te pedi para volta para mim exatamente 7 vezes e as sete vezes não tive resposta alguma, o que me resta fazer agora? (ironicamente) te esquecer da forma que você pediu só te digo uma coisa, to saindo da sua vida não por que você quer, mas sim por que cansei de ficar te dizendo que largo tudo por você e você sempre vem-me dizer que é para mim te esquecer, na boa? Se for isso que você quer você já pode sorrir, pois o que você sempre quis você conseguiu...
(Blok no msn)
O tempo passou e eles nunca mais se encontrou, mas um dia ela arrumando suas coisas, encontra uma foto dele e decide ligar para ele, para saber como que anda sua vida. chamando... ninguém atendi, ela liga novamente, e atende :
Ela: Alô?
Ele: Oi
Ela: Rennan?
Ele: eu mesmo quem é?
Ela: é a Fernanda lembra?
Ele: Fernanda? não, não me desculpa mas acho que foi engano pois não me lembro de nenhuma Fernanda... Desliga, ele encosta-se à parede e escorre uma lágrima, e fala em voz baixa, - Você que pediu...
Ela sem entender nada, senta no sofá, e pergunta para si mesma: o que ele fez para me esquecer assim tão fácil? ...
(moral: o que falamos hoje podemos não lembrar amanhã, mas quem ouvi hoje, lembrara sempre).
(Comunidade do orkut)
Ele: Volta pra mim?²
Ela: Por favor me esqueça...
Ele: Volta pra mim? ³
Ela: Olha to apagando tudo que me lembra você, tudo que um dia me lembre você. me esqueça por favor
Ele: Volta pra mim? 4
Ela: cara eu já te disse o que? Me esquece segue sua vida com a sua nova namoradinha
Ele: Volta pra mim?5
Ela: Tem como você apagar nossas fotos? tudo que te faça lembra de mim?
Ele: Volta pra mim?6
Ela: Não vai apagar não? pode deixar que eu mesma vou fazer isso, e esqueça mim
Ele: Volta pra mim?7
Ela: Tô sumindo de sua vida, Tchau viva sua vida que eu vou seguir a minha...
Ele: Te pedi para volta para mim exatamente 7 vezes e as sete vezes não tive resposta alguma, o que me resta fazer agora? (ironicamente) te esquecer da forma que você pediu só te digo uma coisa, to saindo da sua vida não por que você quer, mas sim por que cansei de ficar te dizendo que largo tudo por você e você sempre vem-me dizer que é para mim te esquecer, na boa? Se for isso que você quer você já pode sorrir, pois o que você sempre quis você conseguiu...
(Blok no msn)
O tempo passou e eles nunca mais se encontrou, mas um dia ela arrumando suas coisas, encontra uma foto dele e decide ligar para ele, para saber como que anda sua vida. chamando... ninguém atendi, ela liga novamente, e atende :
Ela: Alô?
Ele: Oi
Ela: Rennan?
Ele: eu mesmo quem é?
Ela: é a Fernanda lembra?
Ele: Fernanda? não, não me desculpa mas acho que foi engano pois não me lembro de nenhuma Fernanda... Desliga, ele encosta-se à parede e escorre uma lágrima, e fala em voz baixa, - Você que pediu...
Ela sem entender nada, senta no sofá, e pergunta para si mesma: o que ele fez para me esquecer assim tão fácil? ...
(moral: o que falamos hoje podemos não lembrar amanhã, mas quem ouvi hoje, lembrara sempre).
(Comunidade do orkut)
A lista
Faça uma lista de grandes amigos,
quem você via há 10 anos atrás,
quantos você ainda vê todo dia,
quantos você já não encontra mais.
Faça uma lista dos sonhos que tinha,
quantos você desistiu de sonhar,
quantos amores jurados pra sempre,
quantos você conseguiu preservar.
Quantos amigos você jogou fora,
quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender,
quantos segredos que você guardava
hoje são bobos ninguém quer saber.
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer,
quantos defeitos sarados com o tempo
era o melhor que havia em você.
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você,
quantas pessoas eram tudo,
quantas hoje são nada,
quantas coisas você dizia que não viveria sem,
quantas hoje você nem lembra,
quantos amores você achava que seriam eternos,
quantos você descobriu que não eram.
Onde você ainda se reconhece,
nas fotos passadas ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
quem você via há 10 anos atrás,
quantos você ainda vê todo dia,
quantos você já não encontra mais.
Faça uma lista dos sonhos que tinha,
quantos você desistiu de sonhar,
quantos amores jurados pra sempre,
quantos você conseguiu preservar.
Quantos amigos você jogou fora,
quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender,
quantos segredos que você guardava
hoje são bobos ninguém quer saber.
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer,
quantos defeitos sarados com o tempo
era o melhor que havia em você.
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você,
quantas pessoas eram tudo,
quantas hoje são nada,
quantas coisas você dizia que não viveria sem,
quantas hoje você nem lembra,
quantos amores você achava que seriam eternos,
quantos você descobriu que não eram.
Onde você ainda se reconhece,
nas fotos passadas ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
terça-feira, 20 de março de 2012
~le conversa
-ai eu acho tão ridículo essa gente que julga as pessoas sem nem conhecer.
-verdade, é um horror, as pessoas julgam sem nem ao menos saber o nome, sem trocar uma palavra, sem realmente saber como a pessoa é de verdade.
-é, mas esse é o mundo em que vivemos, ninguém mais se importa com o que são de verdade, parece sempre que a imagem, a aparência conta mais.
-aiin olha a Lili, vamos lá da um oi pra ela, vou te apresentar ela é um amor, acho que tu vai gostar.
-quem?
-aquela de blusa preta ali
-aii ela é emo, não, vô zarpa pra casa, que nojo aquela mina cheia de tatto e piercing pelo rosto todo, que horror parece um bicho, tô vazando até qualquer hora, vai lá falar com aquela "coisa"
-mass volta aqui, tu nem deixou eu apresentar ...
>> BRASIL, um país de todos
É, acho que nem preciso falar mais nada né.. e ainda tem a cara de pau de reclamar..
Cuide mais de suas palavras do que da aparência do próximo, flw
-verdade, é um horror, as pessoas julgam sem nem ao menos saber o nome, sem trocar uma palavra, sem realmente saber como a pessoa é de verdade.
-é, mas esse é o mundo em que vivemos, ninguém mais se importa com o que são de verdade, parece sempre que a imagem, a aparência conta mais.
-aiin olha a Lili, vamos lá da um oi pra ela, vou te apresentar ela é um amor, acho que tu vai gostar.
-quem?
-aquela de blusa preta ali
-aii ela é emo, não, vô zarpa pra casa, que nojo aquela mina cheia de tatto e piercing pelo rosto todo, que horror parece um bicho, tô vazando até qualquer hora, vai lá falar com aquela "coisa"
-mass volta aqui, tu nem deixou eu apresentar ...
>> BRASIL, um país de todos
É, acho que nem preciso falar mais nada né.. e ainda tem a cara de pau de reclamar..
Cuide mais de suas palavras do que da aparência do próximo, flw
A folha seca
Parecia ser um dia normal, quer dizer, nada diferente para um dia em uma nova escola, o frio na barriga era algo normal, afinal isso é comum acontecer quando uma jovem estranha e comum demais chega em uma nova cidade. Foi tudo como de costume, abri a janela do meu quarto e vi os lindos primeiros raios de sol do dia, folhas caiam sobre o chão derrubadas por um vento leve, não sei, mas aquilo me chamou atenção por alguns instantes, uma folha em específica, acompanhei-a até que chegasse lentamente ao chão, eu olhei para aquela folha seca e a palavra "vida" me veio a cabeça, foi algo estranho afinal, porque do nada isso veio parar na minha cabeça?! Não dei muita importância para aquilo, então fui tomar meu banho, logo desci para tomar café da manhã, minha mãe estava mais empolgada para o "meu" primeiro dia de aula do que eu mesma, ou talvez ela apenas queria me animar. Então parti para minha nova vida, enfim oficialmente. Meu pai me levou a escola, e então ao chegar me senti uma completa alienígena, não que isso não posso de costume, pois sempre me senti assim, mas aquele dia era diferente, todos me olhavam com caras diversas, eles me achando estranha e eu achando aquela gente muito esquisita, entrei de cabeça baixa, pois aquele não era meu território, eles estavam no domínio eu era apenas uma entrusa até então.
As aulas passaram tão lentamente, eu me sentia tão estranha, todos me olhavam espantados, ouvi alguns cochichos, não sei sobre o que falavam, mas me senti constrangida, porque sempre achava que era de mim e certamente não algo muito bom. No intervalo fiquei sentada em um banco, sozinha, nem quis comer nada, não tinha fome, só queria minha cama, meu quarto, minhas coisas, não estava me sentindo bem naquele lugar, não sei se era por ser novo, mas rezava para que com os dias tudo melhorasse e não permanecesse como o primeiro dia. Logo já estava na hora de ir para casa, nossa tão bom, tudo que eu queria era o meu território.
Minha mãe veio me recerber agitada como sempre e louca para saber sobre meu primeiro dia, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo, como se tivesse sido um dia incrível, mas não disse nada a ela, apenas que foi bom e que tinha colegas legais.
Eu não entendia o por que de eu estar assim, eu estava tão bem e do nada simplesmente eu me sentia fraca, sem forças. Fiquei quieta em meu quarto o resto do dia, apenas com o som das músicas e meus pensamentos, mas que pensamentos? eu não pensava em nada, eu não entendia, mas tava precentindo algo que eu não sabia exatamente o que era.
No jantar minha mãe sentiu que havia algo no ar, incrível como ela consegue captar as coisas tão rapidamente, mas por mais incrível que pareça ela não se manisfestou. Logo fui dormir, estava exausta, e também não entendi o motivo, mas tudo que eu queria era dormir.
Trágicamente o relógio despertou, bom não tinha o que fazer o jeito era acordar para mais um dia, eu tava no pique, eu estava bem e incrivelmente animada, no fundo aquele sim era meu primeiro dia, meu amanhanhecer tão perfeito. Meu pai me deixou na escola e eu de cabeça erguida entrei, me sentia bem. Brilhante foi a ideia da professora de literatura de dar trabalho em grupo, essa era a hora, meu momento de fazer amizades e deu tudo certo, fiquei em um grupo que me recebeu muito bem, conversamos tanto que a prof já estava até brava com nós, mas tinhamos tanto para conversar eu querendo saber mais sobre a vida deles e eles curiosos pela minha, no intervalo várias e várias gargalhadas com meus novos amigos.
E assim foram meus dias, eu louca como sempre, agitada. Eu agora tinha um grupo de amigos novos, acho que eles gostavam de mim, pois sempre vinham ao meu encontro cheios de coisas para me contar, eu sempre alegre e minha mãe então nem se fala, ela tava tão feliz, pois foi pelo trabalho dela que mudamos de cidade e ela tinha medo que por culpa dela fossemos infelizes em uma nova vida, mas agora ela sabia que isso não iria acontecer.
Segunda feira, como de costume abri a janela e mais uma vez uma folha que caía da árvore me chamou a ateção, mas não quis observa-la, pois da última vez que fizera isso meu dia não foi dos melhores.
Tudo ocorria bem e enfim aquela aula chata de química acabou. Intervalo, gritos e gargalhadas, nada muito anormal pra mim, um corredor, um perfume.. eu não sei explicar o efeito que me causou, então me virei como num impulso... palavras em minha boca não existiam, o que meus olhos viam não era normal, um garoto, aparentemente 18 anos, camisa preta, olhos claros, jeito manhoso, jestos doces, vos de veludo e aquele sorriso encantador que não pude deixar de notar, meus olhos viram em questão de milésimos coisas que fizeram meu coração pulsar de tal maneira que com palavras não sei explicar..
Meus dias ganharam cor, tudo que eu queria era ir, estar na escola, até minha mãe estranhou isso, pois sempre fui de inventar desculpas pra faltar aula, mas não tinha nada nem ninguém que me fizesse faltar um dia, podia o mundo cair, eu sempre estaria quase que seguindo os passos dele naquela escola, mas não tinhamos nenhum amigo em comum e isso me dava raiva, como, o que eu iria fazer para me aproximar?
Aos poucos aquilo foi me deixando um pouco mal, era muito amor para ser deixado apenas dentro de mim e coforme ele crescia já não cabia mais aqui dentro, eu precisava dele, ele comigo, pra poder abraçar, beijar, morder, rir, ele, só ele, pra mim, todinho pra mim. Eu pensava nele em todas as horas de todos os meus dias, ele tomou conta de mim de tal maneira que nem eu acreditava.
Nunca acreditei muito em amores perfeitos, contos de fadas, amor a primeira vista, mas enfim, ele veio parar na minha vida fazendo com que eu mudasse completamente de opinião, pois foi a primeira vista que meu coração pulsou daquela maniera e desde então era assim que ele pulsava. Ele era perfeiro, perfeito para meu próprio conto de fadas. Eu não tinha mais certeza de nada, nem de mim nem de ninguém, a unica coisa que eu sabia era que ele existia, e que eu estava loucamente e irrevogavelmente apaixonada por ele, Leandro..
Vê-lo passar sem falar nada era um cruel sofrimento, eu não podia abraça-lo, beija-lo, pois ele não era meu e eu não entendia por que até então eu não tinha ido falar com ele, ou achar algum meio de me aproximar.
Aquilo estava doendo de mais, a dor começou a transbordar, transforma-se em lágrimas e foi ai que eu dei uma basta, ele tinha que me notar, pois EU era o seu ideal, por que não olhava pra mim? eu era tão invisível assim?
"e mesmo que não saiba nada de mim, um dia eu o alcançarei (..)"
Acordei decidida, daquele dia não passava, eu precisava ter ele pra mim e parada esperando não era que eu ia conseguir o que queria, e mais uma vez a folha, aah aquela folha.. 3 meses desde a primeira vez que a vi, e até então aquilo não me passava bons sinais, pois todos os dias em que me chamava atenção ao cair, bom, esses dias eram completos desastres. Aquilo me deixou entrigada, porque justo no dia em que eu estava decidida a falar com ele aquela folha tinha que aparecer? mas nada, nada nem ninguém iria me fazer mudar de ideia.
Naquele dia eu determinada fui enfrentar mais um dia de aula, porque o fato de sempre querer ir a escola sem nunca faltar, com certeza não era por 'aulas'.
Quando o vi, sem pensar, sem nem ao menos saber o que iria falar, eu me aproximei, no impulso me joguei, encostei em seu braço, me congelei, meus nervos me matavam, era como se meu coração parasse de bater, o mundo parou, eu não via e não ouvia nada em meu redor, ao mesmo tempo que era um momento perfeito era horripilante, minhas palavras não saiam, devia estar engasgada com meu próprio coração que veio parar em minha boca, isso tudo aconteceu em segundos, tão rápidos e ao mesmo tempo tão lentos, sai e no mesmo instante, tinha vontade de grudar minha cabeça na parede, porque eu tinha chegado tão perto e não dito nada? talvez as palavras eram tantas que não soube qual fala-la, eu me odiava por aquilo.
Mas eu não tinha desistido, após duas semanas, eu estava caminhando no parque, era algo que eu não costumava fazer, mas minha mãe tinha me obrigado a sair daquele quarto onde nos ultimos tempos era o unico lugar que eu frequêntava, além da escola é claro, ela não é boba notou que eu não andava nada bem, então sempre me forçava a sair de casa e aquele era mais um dos dias que minha mãe me forçava sair do meu refugio, meu porto seguro, meu quarto.. foi ai que eu vi aquela imagem perfeita, meus olhos brilhavam, era como se as cores apagadas daquele lugar tivessem ganhado vida, aquela era a hora, sem mais, mas dessa vez eu tinha em minha mente o que ia falar, ia chegar calmamente e ia dar oi, perguntar se estava tudo bem e então fluir uma conversa naturalmente, respirei fundo e fui me aproximando, conforme a distância foi se tornando menor pude perceber que com ele havia uma garota, pareciam felizes, sorriam, se abraçavam, aquele talvez não fosse o momento certo, pensei então, será sua irmã ou prima? amiga quem sabe? mas em instantes.... irmãos, primos e amigos não sei beijam... meu mundo caiu, ele tinha namorada, mas como eu não soube disso antes?
Fui emprantos para casa, minha mãe batia desesperadamente na porta do meu quarto, pensei até que fosse derruba-la, perguntava o que havia acontecido, por mais que eu quisesse eu não tinha forças para responder, eu apenas soluçava, eram tantas lágrimas que poderia se formar uma cachoeira ali mesmo, eu não pensava em nada, apenas em cavar um buraco e me esconder nele até que meu mundo voltasse ao que era antes, mas desse buraco apenas umas pessoas poderia me tirar, ele.. Leandro.
Por que não eu? lágrimas invadiam meu rosto, eu não tinha em que pensar, eu apenas chorava e o vento na rua fazia com que muitas das folhas secas caíssem ao chão, não sabia ao certo por que mas eu odiava aquelas folhas, folhas secas que me traziam a palavra "vida" a cabeça, mas que vida? aquilo que eu estava vivendo não era vida, aos poucos foi tudo se corroendo, foi tão lentamente e tudo acabou, vida pra mim era aquilo que eu queria viver ao lado de Leandro, coisa que agora eu tinha visto que não seria possível, a vida dele já estava ocupada de mais, ocupada por pessoas muito mais interessantes que eu.
Peguei no sono.. me vi em uma tempestade, eu estava sem rumo, eu corria, andava, era como em um labirinto eu não achava uma saída, ruas que levavam a lugar algum, chuva gelada, frio, vento forte, folhas secas voando por todo lugar, as malditas folhas secas...
Como num vulto uma mulher apareceu em frente a minha casa, ela tinha um bebê no colo, mas aquela por mais igual que fosse não era minha casa, pois não tinha a enorme árvore das folhas secas em frente a janela do meu quarto, continuei a olhar para a estranha mulher, ela estava cavando acho que seria um buraco, algum tempo depois e ela colocou o bebê dentro de algo que parecia ser uma caixa e inacreditávelmente o colocou dentro do buraco que avia feito, eu tentava correr para socorrer aquela inocente criança, mas não conseguia sair do lugar, onde aquela louca estava com a cabeça? ela estava enterrando uma criança. Para meu maior desespero eu podia ouvir o choro do bebê e eu não podia nada fazer para evitar aquilo. Logo ela sumiu, foi então que me aproximei, pude ver que ela no mesmo lugar em que tinha enterrado o bebê colocou uma planta, eu tentava cavar para tirar o bebê dali, mas minhas mãos não encostavam no chão, eu me contia em lágrimas e uma folha caiu, mas está era verde, e suja de sangue, aos poucos diante de meus olhos ela foi ficando seca, eu fitava aquela folha e gritos e choro de bebê envadiam minha cabeça, eu chorava gritava para que aquilo parasse.
Acordei aos gritos e em prantos piores aos de quando fui dormir, meu pai arrombou a porta, todos se assustaram e não entendiam o por que do meu tão desesperado choro, mas eu não falava nada além de "o bebê, o bebê" obsessivamente. Minha mãe fez um chá para que me acalmasse e aos poucos eu fui voltando ao meu estado normal, então disse que estava tudo bem que todos poderiam voltar a dormir, tinha sido nada mais que um pesadelo.
Eles dormiram, mas eu não, não tinha como conseguir dormir depois daquilo. O dia amanhaceu, abri a janela para ver os primeiros raios de sol, dessa vez não pude ver nenhuma folha seca, nem caindo e nem pelo chão.
Meu pai me deixou na escola e foi para o trabalho como ele sempre fazia. Eu precisava desabafar sobre o fato de Leandro, tinha que contar tudo que sentira nos ultimos meses e sobre o que vi no parque, nem eu acreditava que pude por tanto tempo guardar aquele sentimento, aquele sofrimento só pra mim.
Não vi "ele" em lugar algum, mas quem sabe ele não tinha se atrasado. Fui falar com Julia a então minha melhor amiga, perguntei se podiamos faltar a aula naquele dia, pois eu precisava muito conversar com ela, ela como sempre muito querida entendeu que eu precisava mesmo daquilo. Fomos para um campinho que tinha ali perto, comecei a contar como tudo começou, mas sem nunca citar o nome dele, ela daquele jeito louco me perguntava o por que de ter sofrido calada, por que não contei antes, quem sabe poderia ter ajudado. Eu não tinha respostas para aquelas perguntas, porque afinal nem eu sabia, foi então que ela perguntou o nome, e quando eu disse.. bom, não havia nenhum Leandro na escola, mas como? eu tinha certeza que era este o nome dele. Fomos para casa e eu prometi a ela que no dia seguinte mostraria ele para ela.
Mais um dia amanhaceu, sem folhas novamente. Durante a manhã inteira a Julia me perturbou para que mostrasse o tal cara misterioso, mas ele não apareceu e foi assim durante a semana toda.
Naquela semana, algo dentro de mim mudou, aquela tão horrível dor tinha amenizado, agora era uma dor leve, mas acompanhada de uma tremenda angústia, e mais uma vez eu não sabia eu não entendia..
O pesadelo voltou, agora eu só via uma tempestade, folhas e mais folhas secas voando e o choro desesperado de um bebê. Por duas noites seguidas esse mesmo pesadelo, dessa vez tive que contar isso a Julia, tava me perturbando de mais ela precisava me ajudar.
Júlia entrou em estado de choque quando contei tudo e depois me levou até aos avós dela, me fez contar tudo o que havia dito a ela e eles contaram-me algo que me deixou em extase.. Contou eles a história que aconteceu a muitos anos atras de um jovem casal que morou na casa que atualmente era minha, eles estavam casados a não muito tempo e a esposa de Pedro esperava um bebê, eles esperavam ansiosamente a chegada do pequeno menino que se chamaria Leandro, contavam os dias para ter nos braços esse pequeno, mas havia uma mulher, ela era loucamente obsecada por Pedro e ela vivia a dizer que se ele não fosse dela, não seria de mais ninguém, ela era tratada como louca por todos, ninguém ouvia o que ela dizia.
Em um dia lindo veio ao mundo o pequeno Leandro, menino lindo, cheio de saude, ao nascer já tinha sua amanda escolhida, a pequena Estela que veio a nascer dois dias após. Era uma época muito antiga onde as crianças já nasciam destinadas a casar-se com determinada pessoa, e Estela era o destino de Leandro.
No dia em que o pequeno completava um mês, a mulher que era obsecada por Pedro invadiu a casa e matou Pedro e a esposa a facadas e fugiu com o menino. Dias depois ela foi encontrada morta, havia se enforcado em uma árvore em frente a própria casa. O paradeiro ou ao menos o corpo de Leandro nunca teria sido encontrado. A menina Estela faleceu com apenas 8 meses de vida, dizem ter sido por uma pneumonia.
Veio a ser questionado também o aparecimento de uma pequena planta em frente a casa, mas concluíu-se que o próprio casal havia a plantado.
Fiquei em silêncio durante por algum tempo, eles sabiam que se meu sonho estava certo a criança estaria enterrada bem enfrente a janela do meu quarto..
Fui para casa, não tinha nadaa ser dito naquele momento. Eu pensava, sozinha, em silêncio no meu quarto.. Então queria dizer que o cara a quem eu era apaixonada não existia, era coisa da minha cabeça, ninguém nunca viu, só se ouviu falar das histórias.. mas como se eu encostei nele? eu seguia seus passos dentro da escola, não era possível ser apenas fantasma, então queria dizer que eu chorei, eu sofri por quem?
Lágrimas corriam sobre meu rosto, como aquilo poderia estar acontecendo? eu estava ficando louca ou o que? eu vi ele até com outra garota.. óóh era ela, era Estela..
Agora eu chorava, não por dor , porque agora não doia como antes, alias parou de doer desde que as folhas pararam de cair, agora eu chorava, por motivos que não sei explicar, eram lágrimas involuntárias. Meu grande e perfeito amor não existia, aquele sentimento mágico pudera então nunca ter sido real? tudo que eu tinha era duvidas e mais duvidas.
No dia seguindte liguei para Julia, queria ela na minha casa dentro de 20 minutos e então ela sem entender nada chegou e me chamou de louca quando me encontrou em frente a casa cheia de diversos equipamentos para escavar, apesar de me chamar de louca me ajudou, cavamos por volta da árvore por muitas horas, meus pais não estavam entendendo nada, certamente pensavam que pirei de vez. E enfim depois de tanto cavar econtramos um baú, era velho, todo sujo de terra, não precisou forçar muito para o cadeado se romper e junto com um pequeno susto de ver uma boneca sem os olhos e completamente tapada de formigas uma carta, nela havia escrito o seguinte:
"Obrigado, você não sabe o bem que está fazendo, obrigado por me libertar. Saiba que por muitos anos esperei por você, sempre soube que só você poderia me libertar.
Te peço milhões de desculpas se te fiz sofrer, te fiz chorar, se te fiz algum mal, mas por muitos anos estive preso a essa árvore e a única forma de te chamar atenção foi fazendo tudo que fiz. Eu sofri muito aqui, fui tirado dos braços da minha mãe enquanto ela me amamentava, minha vida acabou antes mesmo de começar, eu era tão pequeno não tinha como me defender, me tiraram a vida antes mesmo de te-la. Quando tiver seu filho cuide bem dele, nunca o trate mal, seres indefesos não merecem coisas ruins.
Desculpa, desculpa mesmo pelos seus dias que estraguei, pelas duvidas e incertezas, pelas lágrimas, desculpa, mas você precisava entender que as folhas secas significavam "vida seca, vida fazia, vida podre" enquanto você não notasse isso, não poderia parar.
Te encantei, porque assim você teria uma ligação a mim, precisava te encaminhar até esse momento, mas desculpa, o unico jeito foi sendo do jeito que foi.
A garota que você viu no parque seria Estela que espera a cada segundo por mim, ela esperava também por você, por este momento.
Agora leve esse baú e jogue-o ao mar, estarei nesse momento partindo ao encontro de meus pais e minha prometida, Estela e eles esperam anciosamente por mim. Está na sua hora, vá até o mar e me liberte.
Você é uma menina tão brilhante, tem tudo pra dar certo, será muito feliz. Te dou minha benção, serás protegida por todas as forças boas deste mundo. Cumpriu sua missão.
Mais uma vez obrigado e desculpa!! "
Fiz o que a carta pedia, e nunca mais toquei no assunto.
Um ano depois no corredor da escola, um garoto, absolutamente do nada me paga pela mão e me puxa, eu simplesmente gelei, então virei para ver quem era, olhei em seus olhos e não precisava de mais nada, foi como um raio que envadiu meu coração, foi assim a primeira vista que eu encontrei meu verdadeiro amor. Por mais que o nome dele fosse Leonardo, os mesmos olhos me garantiam que Leando havia voltado e agora era meu e me fazia muito feliz!!
aah e quanto a árvore, bom.. era atração na cidade, pois enquanto em todas as árvores caiam as folhas secas e se renovavam folhas novas.. aquela não, naquela árvore nunca mais se viu uma folha seca, estranhamente ela se mantia estação após estação com as mesmas folhas verdes.
Obrigado pela paciência daqueles que leram até o final, sei que poucos tiveram.
Este até então foi o post que mais demorei para escrever, espero que tenham gostado.
e se não for pedir muito gostaria que deixassem algum comentário, pois quero saber a opinião de vocês.
>>É isso beijinhos da Mih
As aulas passaram tão lentamente, eu me sentia tão estranha, todos me olhavam espantados, ouvi alguns cochichos, não sei sobre o que falavam, mas me senti constrangida, porque sempre achava que era de mim e certamente não algo muito bom. No intervalo fiquei sentada em um banco, sozinha, nem quis comer nada, não tinha fome, só queria minha cama, meu quarto, minhas coisas, não estava me sentindo bem naquele lugar, não sei se era por ser novo, mas rezava para que com os dias tudo melhorasse e não permanecesse como o primeiro dia. Logo já estava na hora de ir para casa, nossa tão bom, tudo que eu queria era o meu território.
Minha mãe veio me recerber agitada como sempre e louca para saber sobre meu primeiro dia, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo, como se tivesse sido um dia incrível, mas não disse nada a ela, apenas que foi bom e que tinha colegas legais.
Eu não entendia o por que de eu estar assim, eu estava tão bem e do nada simplesmente eu me sentia fraca, sem forças. Fiquei quieta em meu quarto o resto do dia, apenas com o som das músicas e meus pensamentos, mas que pensamentos? eu não pensava em nada, eu não entendia, mas tava precentindo algo que eu não sabia exatamente o que era.
No jantar minha mãe sentiu que havia algo no ar, incrível como ela consegue captar as coisas tão rapidamente, mas por mais incrível que pareça ela não se manisfestou. Logo fui dormir, estava exausta, e também não entendi o motivo, mas tudo que eu queria era dormir.
Trágicamente o relógio despertou, bom não tinha o que fazer o jeito era acordar para mais um dia, eu tava no pique, eu estava bem e incrivelmente animada, no fundo aquele sim era meu primeiro dia, meu amanhanhecer tão perfeito. Meu pai me deixou na escola e eu de cabeça erguida entrei, me sentia bem. Brilhante foi a ideia da professora de literatura de dar trabalho em grupo, essa era a hora, meu momento de fazer amizades e deu tudo certo, fiquei em um grupo que me recebeu muito bem, conversamos tanto que a prof já estava até brava com nós, mas tinhamos tanto para conversar eu querendo saber mais sobre a vida deles e eles curiosos pela minha, no intervalo várias e várias gargalhadas com meus novos amigos.
E assim foram meus dias, eu louca como sempre, agitada. Eu agora tinha um grupo de amigos novos, acho que eles gostavam de mim, pois sempre vinham ao meu encontro cheios de coisas para me contar, eu sempre alegre e minha mãe então nem se fala, ela tava tão feliz, pois foi pelo trabalho dela que mudamos de cidade e ela tinha medo que por culpa dela fossemos infelizes em uma nova vida, mas agora ela sabia que isso não iria acontecer.
Segunda feira, como de costume abri a janela e mais uma vez uma folha que caía da árvore me chamou a ateção, mas não quis observa-la, pois da última vez que fizera isso meu dia não foi dos melhores.
Tudo ocorria bem e enfim aquela aula chata de química acabou. Intervalo, gritos e gargalhadas, nada muito anormal pra mim, um corredor, um perfume.. eu não sei explicar o efeito que me causou, então me virei como num impulso... palavras em minha boca não existiam, o que meus olhos viam não era normal, um garoto, aparentemente 18 anos, camisa preta, olhos claros, jeito manhoso, jestos doces, vos de veludo e aquele sorriso encantador que não pude deixar de notar, meus olhos viram em questão de milésimos coisas que fizeram meu coração pulsar de tal maneira que com palavras não sei explicar..
Meus dias ganharam cor, tudo que eu queria era ir, estar na escola, até minha mãe estranhou isso, pois sempre fui de inventar desculpas pra faltar aula, mas não tinha nada nem ninguém que me fizesse faltar um dia, podia o mundo cair, eu sempre estaria quase que seguindo os passos dele naquela escola, mas não tinhamos nenhum amigo em comum e isso me dava raiva, como, o que eu iria fazer para me aproximar?
Aos poucos aquilo foi me deixando um pouco mal, era muito amor para ser deixado apenas dentro de mim e coforme ele crescia já não cabia mais aqui dentro, eu precisava dele, ele comigo, pra poder abraçar, beijar, morder, rir, ele, só ele, pra mim, todinho pra mim. Eu pensava nele em todas as horas de todos os meus dias, ele tomou conta de mim de tal maneira que nem eu acreditava.
Nunca acreditei muito em amores perfeitos, contos de fadas, amor a primeira vista, mas enfim, ele veio parar na minha vida fazendo com que eu mudasse completamente de opinião, pois foi a primeira vista que meu coração pulsou daquela maniera e desde então era assim que ele pulsava. Ele era perfeiro, perfeito para meu próprio conto de fadas. Eu não tinha mais certeza de nada, nem de mim nem de ninguém, a unica coisa que eu sabia era que ele existia, e que eu estava loucamente e irrevogavelmente apaixonada por ele, Leandro..
Vê-lo passar sem falar nada era um cruel sofrimento, eu não podia abraça-lo, beija-lo, pois ele não era meu e eu não entendia por que até então eu não tinha ido falar com ele, ou achar algum meio de me aproximar.
Aquilo estava doendo de mais, a dor começou a transbordar, transforma-se em lágrimas e foi ai que eu dei uma basta, ele tinha que me notar, pois EU era o seu ideal, por que não olhava pra mim? eu era tão invisível assim?
"e mesmo que não saiba nada de mim, um dia eu o alcançarei (..)"
Acordei decidida, daquele dia não passava, eu precisava ter ele pra mim e parada esperando não era que eu ia conseguir o que queria, e mais uma vez a folha, aah aquela folha.. 3 meses desde a primeira vez que a vi, e até então aquilo não me passava bons sinais, pois todos os dias em que me chamava atenção ao cair, bom, esses dias eram completos desastres. Aquilo me deixou entrigada, porque justo no dia em que eu estava decidida a falar com ele aquela folha tinha que aparecer? mas nada, nada nem ninguém iria me fazer mudar de ideia.
Naquele dia eu determinada fui enfrentar mais um dia de aula, porque o fato de sempre querer ir a escola sem nunca faltar, com certeza não era por 'aulas'.
Quando o vi, sem pensar, sem nem ao menos saber o que iria falar, eu me aproximei, no impulso me joguei, encostei em seu braço, me congelei, meus nervos me matavam, era como se meu coração parasse de bater, o mundo parou, eu não via e não ouvia nada em meu redor, ao mesmo tempo que era um momento perfeito era horripilante, minhas palavras não saiam, devia estar engasgada com meu próprio coração que veio parar em minha boca, isso tudo aconteceu em segundos, tão rápidos e ao mesmo tempo tão lentos, sai e no mesmo instante, tinha vontade de grudar minha cabeça na parede, porque eu tinha chegado tão perto e não dito nada? talvez as palavras eram tantas que não soube qual fala-la, eu me odiava por aquilo.
Mas eu não tinha desistido, após duas semanas, eu estava caminhando no parque, era algo que eu não costumava fazer, mas minha mãe tinha me obrigado a sair daquele quarto onde nos ultimos tempos era o unico lugar que eu frequêntava, além da escola é claro, ela não é boba notou que eu não andava nada bem, então sempre me forçava a sair de casa e aquele era mais um dos dias que minha mãe me forçava sair do meu refugio, meu porto seguro, meu quarto.. foi ai que eu vi aquela imagem perfeita, meus olhos brilhavam, era como se as cores apagadas daquele lugar tivessem ganhado vida, aquela era a hora, sem mais, mas dessa vez eu tinha em minha mente o que ia falar, ia chegar calmamente e ia dar oi, perguntar se estava tudo bem e então fluir uma conversa naturalmente, respirei fundo e fui me aproximando, conforme a distância foi se tornando menor pude perceber que com ele havia uma garota, pareciam felizes, sorriam, se abraçavam, aquele talvez não fosse o momento certo, pensei então, será sua irmã ou prima? amiga quem sabe? mas em instantes.... irmãos, primos e amigos não sei beijam... meu mundo caiu, ele tinha namorada, mas como eu não soube disso antes?
Fui emprantos para casa, minha mãe batia desesperadamente na porta do meu quarto, pensei até que fosse derruba-la, perguntava o que havia acontecido, por mais que eu quisesse eu não tinha forças para responder, eu apenas soluçava, eram tantas lágrimas que poderia se formar uma cachoeira ali mesmo, eu não pensava em nada, apenas em cavar um buraco e me esconder nele até que meu mundo voltasse ao que era antes, mas desse buraco apenas umas pessoas poderia me tirar, ele.. Leandro.
Por que não eu? lágrimas invadiam meu rosto, eu não tinha em que pensar, eu apenas chorava e o vento na rua fazia com que muitas das folhas secas caíssem ao chão, não sabia ao certo por que mas eu odiava aquelas folhas, folhas secas que me traziam a palavra "vida" a cabeça, mas que vida? aquilo que eu estava vivendo não era vida, aos poucos foi tudo se corroendo, foi tão lentamente e tudo acabou, vida pra mim era aquilo que eu queria viver ao lado de Leandro, coisa que agora eu tinha visto que não seria possível, a vida dele já estava ocupada de mais, ocupada por pessoas muito mais interessantes que eu.
Peguei no sono.. me vi em uma tempestade, eu estava sem rumo, eu corria, andava, era como em um labirinto eu não achava uma saída, ruas que levavam a lugar algum, chuva gelada, frio, vento forte, folhas secas voando por todo lugar, as malditas folhas secas...
Como num vulto uma mulher apareceu em frente a minha casa, ela tinha um bebê no colo, mas aquela por mais igual que fosse não era minha casa, pois não tinha a enorme árvore das folhas secas em frente a janela do meu quarto, continuei a olhar para a estranha mulher, ela estava cavando acho que seria um buraco, algum tempo depois e ela colocou o bebê dentro de algo que parecia ser uma caixa e inacreditávelmente o colocou dentro do buraco que avia feito, eu tentava correr para socorrer aquela inocente criança, mas não conseguia sair do lugar, onde aquela louca estava com a cabeça? ela estava enterrando uma criança. Para meu maior desespero eu podia ouvir o choro do bebê e eu não podia nada fazer para evitar aquilo. Logo ela sumiu, foi então que me aproximei, pude ver que ela no mesmo lugar em que tinha enterrado o bebê colocou uma planta, eu tentava cavar para tirar o bebê dali, mas minhas mãos não encostavam no chão, eu me contia em lágrimas e uma folha caiu, mas está era verde, e suja de sangue, aos poucos diante de meus olhos ela foi ficando seca, eu fitava aquela folha e gritos e choro de bebê envadiam minha cabeça, eu chorava gritava para que aquilo parasse.
Acordei aos gritos e em prantos piores aos de quando fui dormir, meu pai arrombou a porta, todos se assustaram e não entendiam o por que do meu tão desesperado choro, mas eu não falava nada além de "o bebê, o bebê" obsessivamente. Minha mãe fez um chá para que me acalmasse e aos poucos eu fui voltando ao meu estado normal, então disse que estava tudo bem que todos poderiam voltar a dormir, tinha sido nada mais que um pesadelo.
Eles dormiram, mas eu não, não tinha como conseguir dormir depois daquilo. O dia amanhaceu, abri a janela para ver os primeiros raios de sol, dessa vez não pude ver nenhuma folha seca, nem caindo e nem pelo chão.
Meu pai me deixou na escola e foi para o trabalho como ele sempre fazia. Eu precisava desabafar sobre o fato de Leandro, tinha que contar tudo que sentira nos ultimos meses e sobre o que vi no parque, nem eu acreditava que pude por tanto tempo guardar aquele sentimento, aquele sofrimento só pra mim.
Não vi "ele" em lugar algum, mas quem sabe ele não tinha se atrasado. Fui falar com Julia a então minha melhor amiga, perguntei se podiamos faltar a aula naquele dia, pois eu precisava muito conversar com ela, ela como sempre muito querida entendeu que eu precisava mesmo daquilo. Fomos para um campinho que tinha ali perto, comecei a contar como tudo começou, mas sem nunca citar o nome dele, ela daquele jeito louco me perguntava o por que de ter sofrido calada, por que não contei antes, quem sabe poderia ter ajudado. Eu não tinha respostas para aquelas perguntas, porque afinal nem eu sabia, foi então que ela perguntou o nome, e quando eu disse.. bom, não havia nenhum Leandro na escola, mas como? eu tinha certeza que era este o nome dele. Fomos para casa e eu prometi a ela que no dia seguinte mostraria ele para ela.
Mais um dia amanhaceu, sem folhas novamente. Durante a manhã inteira a Julia me perturbou para que mostrasse o tal cara misterioso, mas ele não apareceu e foi assim durante a semana toda.
Naquela semana, algo dentro de mim mudou, aquela tão horrível dor tinha amenizado, agora era uma dor leve, mas acompanhada de uma tremenda angústia, e mais uma vez eu não sabia eu não entendia..
O pesadelo voltou, agora eu só via uma tempestade, folhas e mais folhas secas voando e o choro desesperado de um bebê. Por duas noites seguidas esse mesmo pesadelo, dessa vez tive que contar isso a Julia, tava me perturbando de mais ela precisava me ajudar.
Júlia entrou em estado de choque quando contei tudo e depois me levou até aos avós dela, me fez contar tudo o que havia dito a ela e eles contaram-me algo que me deixou em extase.. Contou eles a história que aconteceu a muitos anos atras de um jovem casal que morou na casa que atualmente era minha, eles estavam casados a não muito tempo e a esposa de Pedro esperava um bebê, eles esperavam ansiosamente a chegada do pequeno menino que se chamaria Leandro, contavam os dias para ter nos braços esse pequeno, mas havia uma mulher, ela era loucamente obsecada por Pedro e ela vivia a dizer que se ele não fosse dela, não seria de mais ninguém, ela era tratada como louca por todos, ninguém ouvia o que ela dizia.
Em um dia lindo veio ao mundo o pequeno Leandro, menino lindo, cheio de saude, ao nascer já tinha sua amanda escolhida, a pequena Estela que veio a nascer dois dias após. Era uma época muito antiga onde as crianças já nasciam destinadas a casar-se com determinada pessoa, e Estela era o destino de Leandro.
No dia em que o pequeno completava um mês, a mulher que era obsecada por Pedro invadiu a casa e matou Pedro e a esposa a facadas e fugiu com o menino. Dias depois ela foi encontrada morta, havia se enforcado em uma árvore em frente a própria casa. O paradeiro ou ao menos o corpo de Leandro nunca teria sido encontrado. A menina Estela faleceu com apenas 8 meses de vida, dizem ter sido por uma pneumonia.
Veio a ser questionado também o aparecimento de uma pequena planta em frente a casa, mas concluíu-se que o próprio casal havia a plantado.
Fiquei em silêncio durante por algum tempo, eles sabiam que se meu sonho estava certo a criança estaria enterrada bem enfrente a janela do meu quarto..
Fui para casa, não tinha nadaa ser dito naquele momento. Eu pensava, sozinha, em silêncio no meu quarto.. Então queria dizer que o cara a quem eu era apaixonada não existia, era coisa da minha cabeça, ninguém nunca viu, só se ouviu falar das histórias.. mas como se eu encostei nele? eu seguia seus passos dentro da escola, não era possível ser apenas fantasma, então queria dizer que eu chorei, eu sofri por quem?
Lágrimas corriam sobre meu rosto, como aquilo poderia estar acontecendo? eu estava ficando louca ou o que? eu vi ele até com outra garota.. óóh era ela, era Estela..
Agora eu chorava, não por dor , porque agora não doia como antes, alias parou de doer desde que as folhas pararam de cair, agora eu chorava, por motivos que não sei explicar, eram lágrimas involuntárias. Meu grande e perfeito amor não existia, aquele sentimento mágico pudera então nunca ter sido real? tudo que eu tinha era duvidas e mais duvidas.
No dia seguindte liguei para Julia, queria ela na minha casa dentro de 20 minutos e então ela sem entender nada chegou e me chamou de louca quando me encontrou em frente a casa cheia de diversos equipamentos para escavar, apesar de me chamar de louca me ajudou, cavamos por volta da árvore por muitas horas, meus pais não estavam entendendo nada, certamente pensavam que pirei de vez. E enfim depois de tanto cavar econtramos um baú, era velho, todo sujo de terra, não precisou forçar muito para o cadeado se romper e junto com um pequeno susto de ver uma boneca sem os olhos e completamente tapada de formigas uma carta, nela havia escrito o seguinte:
"Obrigado, você não sabe o bem que está fazendo, obrigado por me libertar. Saiba que por muitos anos esperei por você, sempre soube que só você poderia me libertar.
Te peço milhões de desculpas se te fiz sofrer, te fiz chorar, se te fiz algum mal, mas por muitos anos estive preso a essa árvore e a única forma de te chamar atenção foi fazendo tudo que fiz. Eu sofri muito aqui, fui tirado dos braços da minha mãe enquanto ela me amamentava, minha vida acabou antes mesmo de começar, eu era tão pequeno não tinha como me defender, me tiraram a vida antes mesmo de te-la. Quando tiver seu filho cuide bem dele, nunca o trate mal, seres indefesos não merecem coisas ruins.
Desculpa, desculpa mesmo pelos seus dias que estraguei, pelas duvidas e incertezas, pelas lágrimas, desculpa, mas você precisava entender que as folhas secas significavam "vida seca, vida fazia, vida podre" enquanto você não notasse isso, não poderia parar.
Te encantei, porque assim você teria uma ligação a mim, precisava te encaminhar até esse momento, mas desculpa, o unico jeito foi sendo do jeito que foi.
A garota que você viu no parque seria Estela que espera a cada segundo por mim, ela esperava também por você, por este momento.
Agora leve esse baú e jogue-o ao mar, estarei nesse momento partindo ao encontro de meus pais e minha prometida, Estela e eles esperam anciosamente por mim. Está na sua hora, vá até o mar e me liberte.
Você é uma menina tão brilhante, tem tudo pra dar certo, será muito feliz. Te dou minha benção, serás protegida por todas as forças boas deste mundo. Cumpriu sua missão.
Mais uma vez obrigado e desculpa!! "
Fiz o que a carta pedia, e nunca mais toquei no assunto.
Um ano depois no corredor da escola, um garoto, absolutamente do nada me paga pela mão e me puxa, eu simplesmente gelei, então virei para ver quem era, olhei em seus olhos e não precisava de mais nada, foi como um raio que envadiu meu coração, foi assim a primeira vista que eu encontrei meu verdadeiro amor. Por mais que o nome dele fosse Leonardo, os mesmos olhos me garantiam que Leando havia voltado e agora era meu e me fazia muito feliz!!
aah e quanto a árvore, bom.. era atração na cidade, pois enquanto em todas as árvores caiam as folhas secas e se renovavam folhas novas.. aquela não, naquela árvore nunca mais se viu uma folha seca, estranhamente ela se mantia estação após estação com as mesmas folhas verdes.
Obrigado pela paciência daqueles que leram até o final, sei que poucos tiveram.
Este até então foi o post que mais demorei para escrever, espero que tenham gostado.
e se não for pedir muito gostaria que deixassem algum comentário, pois quero saber a opinião de vocês.
>>É isso beijinhos da Mih
domingo, 18 de março de 2012
Eu já...
Já escondi um amor
com medo de perde-lo,
Já perdi um amor por
esconde-lo...
Já segurei forte as mãos
de alguém por estar
com medo !
Já tive tanto medo, ao
ponto de nem sentir
minhas mãos !
Já expulcei pessoas que amava
de minha vida;
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando
até pegar no sono...
Já fui dormir tão feliz,
ao ponto de nem conseguir
fechar os olhos...
Já acreditei em
amores perfeitos,
Já descobri que
eles não existem...
Já amei pessoas que
me decepcionaram,
Já descepcionei pessoas
que me amavam...
Já passei horas
na frente do espelho
tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
ao ponto de querer sumir...
Já menti e me
arrependi depois,
Já falei a verdade,
e também me arrependi...
Já fingi não dar importância
a pessoas que amava,
para mais tarde chorar
quieta em meu canto...
Já sorri chorando
lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que
não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas
que realmente valiam...
Já tive crises de riso
quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar
o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não
pensava para magoar outros...
Já fingi ser o que não sou
para agradar uns...
Já fingi ser o que não sou
para desagradar outros...
Já senti muita
a falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando
deveria calar,
Já calei quando
deveria gritar...
Já sonhei demais,
ao ponto de confundir
com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro
me encontro ali, sozinha...
Já cai inumeras vezes
achando que não
iria me reerguer,
Já me reergui inumeras vezes
achando que não cairia mais...
Já liguei para quem
não queria...
Apenas para não ligar para
quem realmente queria...
Já chamei pessoas próximas
de ''amigo''
E descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca
precisei chamar de nada,
e sempre forão e serão
especiais pra mim...
com medo de perde-lo,
Já perdi um amor por
esconde-lo...
Já segurei forte as mãos
de alguém por estar
com medo !
Já tive tanto medo, ao
ponto de nem sentir
minhas mãos !
Já expulcei pessoas que amava
de minha vida;
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando
até pegar no sono...
Já fui dormir tão feliz,
ao ponto de nem conseguir
fechar os olhos...
Já acreditei em
amores perfeitos,
Já descobri que
eles não existem...
Já amei pessoas que
me decepcionaram,
Já descepcionei pessoas
que me amavam...
Já passei horas
na frente do espelho
tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
ao ponto de querer sumir...
Já menti e me
arrependi depois,
Já falei a verdade,
e também me arrependi...
Já fingi não dar importância
a pessoas que amava,
para mais tarde chorar
quieta em meu canto...
Já sorri chorando
lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que
não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas
que realmente valiam...
Já tive crises de riso
quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar
o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não
pensava para magoar outros...
Já fingi ser o que não sou
para agradar uns...
Já fingi ser o que não sou
para desagradar outros...
Já senti muita
a falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando
deveria calar,
Já calei quando
deveria gritar...
Já sonhei demais,
ao ponto de confundir
com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro
me encontro ali, sozinha...
Já cai inumeras vezes
achando que não
iria me reerguer,
Já me reergui inumeras vezes
achando que não cairia mais...
Já liguei para quem
não queria...
Apenas para não ligar para
quem realmente queria...
Já chamei pessoas próximas
de ''amigo''
E descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca
precisei chamar de nada,
e sempre forão e serão
especiais pra mim...
O tempo
O tempo passa e a gente não vê, tudo muda e a gente não espera.
O tempo vai e com ele a saudade vem..
São coisas naturais da vida, algo que não podemos controlar.
A lembrança é a forma mais fácil de chegar ao passado, ao tempo que se foi.
Em nosso passado estão as explicações para tudo que está aqui, agora em nossa vida.
O tempo passa e com ele só restam as lembranças,
nossa vida muda e mais ainda por causa dele, esse maldito que nos leva coisas que queriamos pra sempre.
Em alguns momentos da vida tudo que mais queremos é que o tempo pare, fazer daquele momento eterno.. mas o tempo não para, não podemos controla-lo, é algo que não está ao nosso alcance.
E tudo se vai, fazendo daquele momento apenas lembrança.
Queria poder controlar o tempo, pois tenho dificuldade em ver e aceitar as mudanças que ele tras para minha vida, mas eu sei, isso é loucura.
Mas antes que o tempo passe e eu fique sem ao menos lembraças e histórias, vou aproveitar o tempo que me resta vivendo minha vida o mais intensamente possível, alias ela tá passando enquanto isso.
>>Fui lá viver #tchau
O tempo vai e com ele a saudade vem..
São coisas naturais da vida, algo que não podemos controlar.
A lembrança é a forma mais fácil de chegar ao passado, ao tempo que se foi.
Em nosso passado estão as explicações para tudo que está aqui, agora em nossa vida.
O tempo passa e com ele só restam as lembranças,
nossa vida muda e mais ainda por causa dele, esse maldito que nos leva coisas que queriamos pra sempre.
Em alguns momentos da vida tudo que mais queremos é que o tempo pare, fazer daquele momento eterno.. mas o tempo não para, não podemos controla-lo, é algo que não está ao nosso alcance.
E tudo se vai, fazendo daquele momento apenas lembrança.
Queria poder controlar o tempo, pois tenho dificuldade em ver e aceitar as mudanças que ele tras para minha vida, mas eu sei, isso é loucura.
Mas antes que o tempo passe e eu fique sem ao menos lembraças e histórias, vou aproveitar o tempo que me resta vivendo minha vida o mais intensamente possível, alias ela tá passando enquanto isso.
>>Fui lá viver #tchau
sábado, 17 de março de 2012
Saudade
Saudades do meu tempo de infância..
Quando meu maior problema era achar meu brinquedo favorito.
Quando minha maior duvida era do que iria brincar.
Quando minha maior certeza era que tudo mamãe podia consertar.
Quando meu maior medo era do escuro.
Quando meu maior obstáculo era pular por cima da corda.
Minha meta pular ainda mais alto.
Quando o futuro significava daqui a pouco...
Hoje tudo mudou..
Não porque não sou mais criança, pois ainda existe uma dentro de mim.
Mas sim, porque os problemas são maiores.
As duvidas são tantas.
As certezas talvez nenhuma.
Os medos se tornaram ameaçadores.
Os obstáculos são mais preocupantes.
As metas objetivos, ou apenas metas mesmo.
E o futuro IMPREVISÍVEL !!
Mas apesar de tudo, ainda sou aquela menina que vive de sonhos
no seu mundinho de fantasias, no seu castelo de ilusões..
Caindo e levantando, as vezes se machucando,
muitas vezes com marcas e feridas dos tombos.
Mas ainda aquela menina que levanta, enxuga as lágrimas e diz "não foi nada" segue em frente e sorri !!!
Quando meu maior problema era achar meu brinquedo favorito.
Quando minha maior duvida era do que iria brincar.
Quando minha maior certeza era que tudo mamãe podia consertar.
Quando meu maior medo era do escuro.
Quando meu maior obstáculo era pular por cima da corda.
Minha meta pular ainda mais alto.
Quando o futuro significava daqui a pouco...
Hoje tudo mudou..
Não porque não sou mais criança, pois ainda existe uma dentro de mim.
Mas sim, porque os problemas são maiores.
As duvidas são tantas.
As certezas talvez nenhuma.
Os medos se tornaram ameaçadores.
Os obstáculos são mais preocupantes.
As metas objetivos, ou apenas metas mesmo.
E o futuro IMPREVISÍVEL !!
Mas apesar de tudo, ainda sou aquela menina que vive de sonhos
no seu mundinho de fantasias, no seu castelo de ilusões..
Caindo e levantando, as vezes se machucando,
muitas vezes com marcas e feridas dos tombos.
Mas ainda aquela menina que levanta, enxuga as lágrimas e diz "não foi nada" segue em frente e sorri !!!
sexta-feira, 16 de março de 2012
Felicidade
Acredito que o objetivo de todos seja esse, não que ninguém seja capaz de alcança-lo, mas com certeza dificilmente será plena, segura e eterna.
Sempre tem algo ou alguém afim de acabar com seus sonhos, acabando com suas ilusões, seu mundinho de fantasias; ao pensar em ''como as vezes um ser humano pode fazer isso com a vida e os sentimentos de outro?'' lembro de que talvez não fazemos isso por querer ferir a outra pessoa, (mas não quero descartar essa ipótese de alguns casos), pois 'eu' posso já ter feito isso com alguém sem ter essa intenção, talvez nem tenha percebido o quão destruidora fui ou posso ser, talvez as pessoas tentem fazer comigo o que eu tento fazer com algumas delas (esquecer que existem).
Felicidade.. é algo tão superficial, assim como estamos no momento mais feliz de nossa vida, em instantes podemos estar no pior deles.
Talvez a felicidade não dependa de nuvens passageiras, mas daquilo que pensamos e sentimos, não tem haver com o que os outros tentam fazer de nós ou de nossas vidas e sim da importância que damos ao que toda essa gente pensa.
A felicidade não depende dos outros, mas sim de nós mesmos, só precisamos aceitar quem somos e como somos, pois tentar mudar as coisas pode apenas piorar tudo.
Viva a vida que você tem e faça dela sua felicidade, pois não basta ter momentos alegres tem que ser feliz de verdade!
Tá esperando o que aí?! Vá atrás de seus objetivos, sua felicidade !!
O começo ..
Olá, vamos ao primeiro post onde eu não sei exatamente o que falar..
Bom, meu nome é Michelle Knieling, tenho 15 anos e estou cursando o 2º ano do ens. médio.
Resolvi criar este blog porque é algo que eu sempre quis, mas acabava nunca tomando a iniciativa de fazer. Eu sempre gostei de escrever, simplismente escrever, escrevo coisas de todos os tipos, desde abobrinhas até a assuntos em que compartilho minha opinião e ponto de vista, gosto de escrever para desabafar, escrevo muito sobre coisas que sinto, mas acima de tudo para sair algo bom eu devo sempre estar inspirada, as vezes uso música para conseguir isso.
Na verdade não sei muito bem qual vai ser o estilo desse blog, vou postando o que der na telha e depois a gente vê no que vai dar >>espero que saia algo legal ou que pelo menos vocês gostem<<
O nome "momento eu on line" surgiu de um ato de muita falta de criatividade, sem falar que todos os nomes que eu pensava não eram possíveis, aí como eu estava com a palavra "on line" na cabeça (nem sei pq) eis que surgiu este nome.
É isso ai galera espero que me visitem sempre que puderem, quero estar sempre postando coisas novas pra vocês. ~bjss
Bom, meu nome é Michelle Knieling, tenho 15 anos e estou cursando o 2º ano do ens. médio.
Resolvi criar este blog porque é algo que eu sempre quis, mas acabava nunca tomando a iniciativa de fazer. Eu sempre gostei de escrever, simplismente escrever, escrevo coisas de todos os tipos, desde abobrinhas até a assuntos em que compartilho minha opinião e ponto de vista, gosto de escrever para desabafar, escrevo muito sobre coisas que sinto, mas acima de tudo para sair algo bom eu devo sempre estar inspirada, as vezes uso música para conseguir isso.
Na verdade não sei muito bem qual vai ser o estilo desse blog, vou postando o que der na telha e depois a gente vê no que vai dar >>espero que saia algo legal ou que pelo menos vocês gostem<<
O nome "momento eu on line" surgiu de um ato de muita falta de criatividade, sem falar que todos os nomes que eu pensava não eram possíveis, aí como eu estava com a palavra "on line" na cabeça (nem sei pq) eis que surgiu este nome.
É isso ai galera espero que me visitem sempre que puderem, quero estar sempre postando coisas novas pra vocês. ~bjss
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